As dunas frontais são aquelas mais próxima da área que conhecemos como praia. Estas dunas são formadas a partir da movimentação de sedimentos: o mar deposita a areia e, após secar, o vento a carrega em direção ao continente. Com o tempo, essas dunas são colonizadas por plantas que ajudam a fixar este sedimento.
Estes locais apresentam uma grande diversidade de vida. Há uma considerável riqueza de plantas, podendo ser encontradas mais de 30 espécies em uma determinada região. No entanto, não são todas as plantas com capacidade de crescer nas dunas. Imagine todo esforço envolvido para que uma planta consiga se instalar e sobreviver em um ambiente com pouca água, pobre em nutrientes, salino, com muito vento e incidência de luz, grande alteração de temperaturas e com substrato instável. Assim como outros seres vivos, as plantas desenvolvem diversos mecanismos para sobreviverem e garantir a continuidade das espécies.
Devido a estas características, a vegetação das dunas frontais é composta por plantas rasteiras ou arbustos que não ultrapassam um metro de altura. Isso ocorre porque com alturas menores a chance de quebrarem pela ação do vento é menor. Ainda, não há disponibilidade de tantos nutrientes para que plantas maiores possam crescer.
Além da altura reduzida, outras características adaptativas são apresentadas de diferentes formas pelas espécies encontradas nas dunas frontais:
Ainda há muitas outras estratégias desenvolvidas pelas plantas para que consigam ter maior sucesso na colonização das nossas restingas. Além da estabilização das dunas, estas plantas também proporcionam abrigo e alimentação para outras espécies da fauna que residem no local, tais como os tuco-tucos (Ctenomys sp.) e os ninhos de piru-piru (Haematopus palliatus), entre outras espécies. Há uma grande biodiversidade que depende deste ecossistema para sobreviver, portanto quando for à praia evite pisotear as dunas, utilizando as passarelas.
Autora:
Bióloga Taís Leffa – Colaboradora Licenciar Consultoria Ambiental
CRBio 110826-03
REFERÊNCIAS:
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